Memórias do meu baú: eu bebi dessa fonte!

Os tempos passaram, mas as marcas ficaram.  Os passos dados levaram-me a ser quem sou. Foram tempos de inspiração para uma vida que hoje me orgulho de ter vivido.

Olhar para trás e ver que se sou feliz no presente, é privilégio de quem esteve atento e escutou as estrelas no passado.  Estrelas que me foram guiando no meu caminho e hoje são memórias que se refletem no dia a dia da minha vida.  Estávamos nos anos oitenta do século XX.

Foi naqueles tempos áureos da minha juventude. Tempos em que a vida já me fazia exigências para as quais eu ainda não estava preparado para as assumir, mas que tinha de uma forma ou de outra de as pegar em mão e levar para porto seguro.

Hoje questiono-me: Como consegui? Como foi possível? – Será que foi unicamente o meu saber que sempre soube diferenciar a água limpa da água turva? As ervas daninhas das ervas produtivas?                   “E com eles fui crescendo”  

Que sempre soube escolher o caminho certo, em detrimento do caminho mais obscuro?

Já lá vão uns anitos e por muito que eu pense e repense o OÁSIS sempre aparece como pendulo na minha vida. Sempre foi um indicador de força e coragem. Sempre me indicou o caminho deixando–me a liberdade de o aceitar ou não.

Foi uma fonte de inspiração, consolo e conforto também.

Neste oásis, fonte de água límpida onde o conforto era mais forte que as mágoas, a alegria mais forte que as tristeza e amizade mais poderosa que a solidão, eu pude encontra-me e fazer o ponto de partida para o caminho que me levaria até aos dias de hoje.

Lembro-me da Ana Maria, pessoa que me marcou enormemente e por quem nutro um enorme carinho e admiração.

 A Anita era capaz de adivinhar o momento em que devia estar presente com o seu carinho e atenção, e capaz de desarmar qualquer um que se aproximasse com ideias tristes ou desesperantes. Obrigado, Anita, por teres aparecido na minha vida e por fazeres o favor de seres minha amiga.

Obrigado pela página cheia de carinho e atenção que escreveste no livro da minha vida.

Também lembro o Irmão Diamantino! Para mim, pessoa única e diferente. Com quem falava de tudo e que sempre tinha tempo para escutar as minhas mágoas e frustrações. Será que o meu querido amigo Diamantino ainda se lembra? Pois fique a saber que continuo a guardá-lo num lugar da minha história com muito carinho.

O padre Carlos, o Padre Eleutério, o Padre Emílio, a irmã Amélia, e tantos outros que estiveram lá desde a primeira hora e que hoje fazem parte do meu mundo de lindas recordações.

A Cilita e o Zé Queiroga, amigos do antes e do agora. Confidentes e amigos desde sempre e por mim sempre lembrados e nunca esquecidos. Temos histórias que para sempre nos vão ligar e a nossa amizade perpetuará no tempo. Obrigado por serem meus amigos.

Poderia ficar aqui a falar da enorme quantidade de pessoas que o OASIS me deu de presente para embelezar a minha história e a minha passagem no "Movimento OASIS". Mas como sei que nem todos terão paciência para me ler, aqui vai um grande abraço, com muito carinho para todos e um muito especial para aqueles que comigo fundaram o grupo "Semente".

Não poderia deixar também de mencionar aqui o nosso centro de espiritualidade de Ermesinde. Que honra e prazer de também ter participado na ajuda para que essa obra fosse concretizada. As festas e teatros que organizamos para angariações de fundos. O tempo e disponibilidade que com alegria e satisfação nos dedicávamos ao centro, são hoje memórias que se recorda com alegria e satisfação.

            Quando se bebe nessa fonte que o Padre Rotondi um dia transformou no nosso "OÁSIS" Bebe-se também lá grandes valores e princípios para a vida.

Valores e princípios, que nos inspiram nos momentos mais complicados que se vão deparando no nosso caminho e que nos impedem de crescer e avançar.

Valores e princípios que foram fundamentais, quando em muitos momentos de decisões muito difíceis não sabia o que fazer.

Todos temos o nosso jardim secreto, no meu houve flores que morreram e conseguiram renascer. Outras que o vento abanou muito, mas que conseguiram aguentar forte e ficaram firmes até que a tempestade acalmasse.

Claro que nem só do Oásis me alimentei. També das pessoas que por lá fui conhecendo e que se transformaram numa parte do alicerce que viria a sustentar este homem que sou hoje e que por lá foi muito feliz.


Para todos os OASISTAS, vai aquele abraço bem amigo do,

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