O olhar de um coração agradecido.

f98cce68-3695-4ac5-8eb2-10875fcf3a37.jpg

“… Além disso, se o Senhor permitir que te sobrevenha alguma tribulação, deves suportá-la com generosidade e ação de graças, pensando que é para teu bem e que talvez a tenhas merecido. “

(São Luís de França)

“….Teremos sempre, inevitavelmente, medo do sofrimento, mas ajudados pela experiência, pela razão e pela fé, temos de aprofundar cada vez mais a certeza de que o sofrimento é necessário, porque nos ensina a rezar, nos corrige, nos purifica e nos prova.”

(P.e Rotondi)

Estas palavras de São Luís de França dirigidas a seu filho e de P.e Rotondi, aos jovens, já bastante fragilizado de saúde, têm estado muito presentes na minha vida, principalmente nos últimos tempos.

A doença voltou.

Desta vez acompanhada de tratamentos paliativos.

Estava sedenta de vida, com muita energia positiva e de repente, como uma flor, quase que murchei.

Chorei no silencio do meu quarto, sentia-me muito débil, invadida pela melancolia e até o rezar me deixava cansada.

Em confinamento tudo se tornou mais difícil.

Foram as palavras de São Luís e de P.e Rotondi que muito me ajudaram a passar da tristeza para a alegria, do bulício para o silêncio, do sofrimento para a paciência, do desalento para a Esperança.

A força que me faz avançar e não desanimar é mesmo a Esperança.

Para Karl Popper “a vida é uma aprendizagem, uma contínua resolução de problemas” e temos que estar mobilizados para isso.

São Paulo também referia:

“Vivei alegres na Esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração.”

Neste peregrinar na Fé e na Esperança está o meu alento.

D. Carlos Azevedo, há bastantes anos, escreveu-me numa dedicatória:

“… Sê firme e serena nas tribulações.”

O P.e Eleutério, quando a minha mãe partiu para o Pai e eu também estava, nessa altura, a fazer tratamentos aborrecidos, numa cartinha, dizia-me:

“Confia no Senhor.”

Confio no Senhor! Peço-lhe ajuda para não vacilar e continuar serena.

Sinto a proteção de Maria Ancilla Domini, e muito colinho da família de sangue, da família AD, dos amigos…

A Júlia, uma minha ex-aluna, que me visitou em Julho, com a sua bonita família e vive na Suíça, comunicou-me depois por WhatsApp:

“Senhora Professora, foi tão bom vê-la. Viemos de coração cheio.”

Isto são gestos de amor.

O amor é o primado das pessoas que se querem bem. É o nosso Porto de Abrigo.

Eu, muito tenho que agradecer a Deus.

Anterior
Anterior

Entrevista a Ana Maria Santos.

Próximo
Próximo

Encontro Oásis no Faial, Açores.