O Baú dos anos 70.

Às nove da manhã, os clássicos começam a aparecer. Uns sozinhos, outros acompanhados surgindo a diferentes horas. Os mais retardatários têm desculpa diferente da juventude – outrora o transporte atrasou, hoje o trânsito complicou.

Chegados à “box”, os abraços multiplicaram-se e alguns foram tão efusivos, que pretendiam com esse gesto tentar limpar o pó do “tejadilho”. Não era pó, somente despigmentação que o tempo trouxe, salvo algumas exceções que tinham cuidado do “restyling”.

O reconhecimento do estado atual realizou-se sem sobressaltos. Parecia que durante o intervalo de tempo decorrido, meio século, permanecíamos com os motores ligados. Havia identidade. O tempo não roubou a disponibilidade, não feriu a alegria. Sentiu-se que continuávamos unidos no mesmo ideal.

Reabastecidos com café, doçuras e afetos, alinhamos em círculo e levantada a bandeira começou a prova com uma palavra breve de boas-vindas da Ana Maria.

Com os motores em aquecimento ouvimos do Sérgio a história da formação do grupo, entrelaçada com algumas referências à doutrina do movimento e seus obreiros, lembrado o fervor apostólico sem limites e sem fronteiras do padre Rotondi, a irrequietude apostólica do monsenhor Ilídio Fernandes, a grandeza e nobreza de alma do padre Carlos Pereira, a paciência e bondade do padre Emílio Silva, o espírito empenhado de missão do padre Eleutério e a disponibilidade de serviço de D. Carlos. A comunicação foi entremeada com alguns momentos de humor e música.

Em contínuo, escuta-se o som dos clássicos. Momento alto de profunda comunhão pela partilha espontânea, sincera e sentida feita pelos participantes. Foi bom, fez bem ouvi-los. A hora foi de reflexão e encantamento.  Como era bom continuar ali!

O momento nobre chega. Rumo à capela para a celebração da Eucaristia, presidida por D. Carlos e padre Eleutério. A participação coletiva e ativa conferiu interioridade.

Reabastecido o espírito, no refeitório tratamos de fazer o mesmo ao físico. O almoço, delícias do mar e da terra, foi bom de degustar. Foi alegre e animado o convívio durante a refeição.

A corrida continuou com o realinhamento em círculo revivendo em vídeo momentos passados. A força do passado, o entusiamo do presente e o querer do futuro entrelaçaram-se no desejo de mais.

A despedida ocorre. Esquecida a fotografia de grupo? Não. Essa cada um a levou dentro de si.

A todos os que colaboraram na organização, aos presentes, aos que enviaram mensagens, a todos os que queriam estar presentes e não puderam e aos que passaram pelo grupo e não foi possível contatar, um abraço fraterno.

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