Padre Carlos Pereira.

Nasceu para a vida eterna o nosso grande mestre e amigo P. Carlos. Dia 7 de Fevereiro. Neste dia há nove anos partia a minha mãe e agora um “pai”. Se há padre que foi pai, muitos e muitas o reconhecerão.

Confessor misericordioso da minha adolescência, mestre na pastoral da juventude no Movimento Oásis, com arte espantosamente simples de comunicar que tanto me ensinou, nas idas aos Açores (Faial), a Elvas, a Darque, a Ermesinde… Companheiro de viagens inesquecíveis, animador exímio de convívios, contador de anedotas que não nos importávamos de pedir contasse outra vez: a do pescador a dialogar com fiscal, a do inglês e mulher na trovoada, a do caçador diante do buraco cada vez maior…

Quanta gente buscava o seu conselho espiritual, a sua capacidade de escuta, a sua bonomia natural.

Quando lhe morreu a mãe, sendo filho único e sem parentes próximos, convidei-o a ir passar uns dias a Milheirós para descansar. Agora nem sequer posso acompanhar o seu funeral, neste distanciamento brutal a que a pandemia nos obriga. Não hesitaria em apanhar o primeiro avião para estar aí em homenagem a um meu “pai”. Isto, não pelo episódio pitoresco da fatura do hotel, na ilha de Santa Maria, que na fatura colocaram “Carlos Pereira e filho”, em 1975! Mas porque muito do que fui como pastor devo a esse mestre e grandíssimo amigo.

Dou graças a Deus pela sua vida e junto de Deus, permanecemos em comunhão. Muitas memórias encherão os nossos dias.

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Evocação do padre Carlos Pereira.

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Saudade.