O Movimento Oásis na minha Vida!

Conheci o Movimento OÁSIS por volta dos meus 18 ano. Frequentei a casa do movimento, em Ermesinde, durante alguns anos da minha juventude, levando outros a frequentar, também.

Esta fase coincidiu, bastante, com a fase de formação académica. Estudei Enfermagem, profissão, por excelência, do CUIDAR!

O que destaco e que me fascinou no Movimento foi, sempre, através das pessoas que fizeram e fazem, ainda hoje, com que o Movimento se mantenha vivo em Portugal:

- Abertura/acolhimento aos outros;

- Alegria e entusiasmo na partilha e na oração;

- A convicção com que era testemunhada/partilhada a Espiritualidade do Movimento.

Sentia que a forma como trabalhavam era, e é ainda hoje, disruptiva em relação ao trabalho da Igreja, nas comunidades paroquiais. O Movimento esteve sempre próximo da Juventude.

A espiritualidade OÁSIS mantem-se na minha vida!

Ao longo da minha vida, na família, na escola, no trabalho, nas actividades paroquiais, na sociedade, o SIM a Cristo e aos Irmãos está sempre presente, numa atitude de compromisso com a Vida Humana e de responsabilidade social pela vida do planeta.

Procuro viver isto, que é de uma exigência grande, nos dias de hoje, no hospital – espaço privilegiado para o fazer com os profissionais, os doentes, as famílias e onde passo a maior parte do tempo.

Na relação com a família e amigos, repito com frequência: “- Estou quase sempre bastante ocupada; tenho uma agenda sempre muito preenchida! – Desocupo-me de imediato se perceber que alguém precisa de mim e que eu posso, efectivamente, fazer a diferença, na vida dessa pessoa!”

A propósito de tempo, ainda consigo algum para fazer voluntariado pela empresa onde trabalho e noutras instituições.

Na relação com a juventude (filho, afilhados, sobrinhos, alunos de Enfermagem e outros, grupos paroquiais…) transmito bastante o sentido da atenção aos outros e o quanto é bom sentirmos que fizemos alguma coisa por alguém. Mesmo em fase de desenvolvimento de uma carreira profissional, a atenção ao que nos rodeia, com uma reflexão crítica e reflexiva ajuda a perceber melhor a vida e a desenvolver, em cada jovem, um sentido mais apurado da responsabilidade. Os jovens não podem apenas querer ser bons na profissão escolhida mas têm que ser cidadãos mais presentes, activos na sociedade onde exercem a sua actividade profissional. Acredito que qualquer jovem, imbuído da espiritualidade do Movimento OÁSIS, faz diferente, onde quer que se encontre.

Na espiritualidade do Movimento OÁSIS, Maria, a Senhora do SIM, é para mim uma grande inspiração! Alguém que me ajuda a parar e a dizer, muitas vezes, porque não sou assim!? 

Tranquila, serena, …na agitação do dia-a-dia, nem sempre conseguirei estar atenta a cada um que, efectivamente, precise de mim e eu, porventura, não me aperceba!

Gosto de PESSOAS, de trabalhar com PESSOAS e cresço todos os dias nesta interacção.

(texto publicado por ocasião do 60.º aniversário do Movimento Oásis em Portugal)