Sim aos outros: V Encontro de Animadores.
Dia 25 de Junho, realizou-se mais um encontro de Animadores do Oásis, o último antes das férias de Verão. Amavelmente convidada pela Ana Maria para estar presente, aproveitamos o encontro via Zoom paraver os amigos.
O tema era “Sim aos outros”- na essência do Movimento.
A Teresa Folhadela começou por nos mostrar um vídeo “Los incontables” (Ain Karem). Fala nos daqueles que não são importantes: as mulheres, as crianças, os que não trabalham, os que falam outra lingua, os que tem outra cor, os dependentes, os marginais, os doentes, ... contudo, estes são o rosto de Cristo.
Com esta ideia, a Teresa cheia de entusiasmo, parte para Lesbos, determinada no objectivo de dar apoio aos refugiados, durante 3 meses, dizendo Sim àqueles que são “invisiveis”.
O cenário que encontrou era pesado; deparou se com refugiados sem as condições mínimas de vida, que esperavam ajuda. A Teresa deu lhes o seu carinho, o sorriso, e com todo o coração foi auxiliando tudo o que lhe era possível.
Ao fim de algum tempo, a Teresa sentia se psicologicamente afectada, pela penosidade da vida daqueles refugiados; duvidava se deveria continuar a missão. Afinal ao destruir se não contribuiria positivamente para ajudar quem quer que fosse. Não queria desistir da missão. Senti a luta da Teresa, ficar ou partir. O “Sim” parecia-lhe agora ser de sinal contrário...
Com lucidez percebeu que devia regressar. Era como ela própria disse “Um sim renovado dia a dia”.
O 2º testemunho foi – nos dado pelo Rui Calejo, empresário pertencente à ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores).
Eu não conhecia a ACEGE, e fiquei boquiaberta com o seu testemunho de organização e gestão, que vai muito mais longe do que serem simplesmente mais humanos.
Claro que os membros da equipa eram seleccionados pela qualidade e mérito, mas trabalho, horários e funções eram atribuidos em função da vida familiar dos colaboradores, promovendo até a natalidade, factor que influencia a assiduidade, e que em geral é vista pelo empregador como um” handicap”. Aqui não !Contava o Rui que em três anos, tempo que durou o projecto, nasceram 4 bebés, na sua pequena empresa, e mais, os objecivos da empresa foram cumpridos e tiveram lucros! Todos os membros da equipe juntaram os seus esforços para compensar as ausências das que foram mães nesse período.
Pareceu me tão extraordinário este entusiasmo, que me senti a viver outra realidade completamente diferente. Desejei ardentemente que este espirito vigorasse em muitas outras empresas.
Por último ouvimos o testemunho do Paulo Rocha, um homem com família constituida, que ousa ir para África em missão.
Com toda a simplicidade contou – nos histórias inverosímeis: um parto no carro quando apressadamente transportava a grávida, e aquele senhor que ia à missa de havaianas e polo, mas com gravata, porque ouvira dizer que na Europa quando a ocasião era solene, se usava gravata.
Em todos estes testemunhos, que representam um “Sim aos outros”, todos eles bastante perturbadores para mim, encontramos mais que solidariedade, encontramos a fraternidade.
Obrigada por me terem convidado a participar.