Jesus subiu para uma barca.
Jesus subiu para uma barca e os discípulos seguiram-n’O. De repente, levantou-se uma tempestade, tão forte que as ondas cobriam a barca. Enquanto isso, Jesus dormia. Então, os discípulos gritaram: "Senhor, ajuda-nos!...Estamos perdidos!" E Jesus perguntou: “Por que tendes medo? ”(Mt. 8, 26). Jesus dirigiu-se, imperiosamente, ao mar e ao vento que se acalmaram, imediatamente.
A tempestade…
Quem, entre nós, nunca a experimentou? Quem, de nós, nunca se viu chateado, confuso,
desnorteado? (...). Quem, de nós, nunca se sentiu perdido, assustado, incapaz de se mover? (…)
A tempestade, para quem se encontra na barca de Cristo - isto é, para todos os cristãos - é inevitável. O que digo?...
Para todos, é inevitável.
Todos nós navegamos num mar que, de repente, vemos agitar-se e revolver-se. A única diferença é que nós, cristãos, já estamos prevenidos pelas páginas do Evangelho.
A tempestade virá e nós teremos a impressão de que a barca se afunda, enquanto Jesus dorme. Mas, então, Jesus - que como Deus não dorme e governa o universo - levanta-se, do fundo da barca, e grita aos ventos, às tempestades e ao mar "e faz-se uma grande bonança".
Todos nós já experimentamos a tempestade. Mas, todos nós, se pedimos ajuda, de repente, encontramo-nos em paz.
Às nuvens sucede o sol e tornou-se, novamente, claro o horizonte da nossa vida. A nossa fé, a nossa esperança e o nosso amor acabaram por sair da tempestade mais sólidos, mais profundamente enraizados, mais apostolicamente fecundos.
(Così semplicemente- La Chiesa, pagg. 245- 247)