São José é um extraordinário modelo.
São José é um extraordinário modelo de como se pode e deve trabalhar, ocupando-nos, diligente e inteligentemente, para conseguir o que quer que seja; para obter, porventura, muitas coisas. Mas, como se tudo dependesse apenas de nós: não pedindo intervenções divinas, intervenções milagrosas. Obviamente, pedir-lhe-emos que nos ajude e nos defenda: mas, sempre, evitando certos tons, certas insistências, certos protestos em caso de atrasos, em caso de aparentes recusas.
Ao ler o pouco que os Evangelhos nos contam, nem sequer nos passa pela cabeça suspeitar que José, alguma vez, tenha esperado de Jesus algo que não fosse simplesmente humano e que não fosse, além do mais, proporcional aos diversos momentos da sua existência. José aplicava-se, entregando-se com todas as suas forças, diligência e inteligência. Mas, feitas as coisas, permanecia calmo e humilde, atribuindo a Deus – e somente a Deus – o que de bom tinha conseguido obter.
"Ó Senhor, por intercessão de São José, homem justo, que designaste como Esposo da Virgem, Mãe de Deus, concede-nos a graça de sermos, como ele, servos fiéis e prudentes. Tu o colocaste à frente da Tua família para que velasse, como um pai, pelo Teu Unigénito, concebido por virtude do Espírito Santo: Jesus Cristo, nosso Senhor.”
Também, nós, Senhor, devemos ser responsáveis por uma parte da Tua grande família, na terra. Concede-nos a graça de ser, como ele, Teus servos, humildes e justos: executores diligentes e inteligentes das Tuas ordens, dos Teus acenos. E, quando - no termo do nosso serviço terreno - estivermos prestes a fechar os olhos à cena deste mundo, concede-nos, ó Senhor, uma morte semelhante à de José, com Maria e contigo a velar ao nosso lado.
Concede-nos a graça de abrir os nossos olhos diante de uma outra cena: a cena do Paraíso. Será um dom muito maior do que aquilo que merecíamos; do que poderíamos esperar. Amém
(Cartas Simples, vol. 2)
