O cardeal Tolentino Mendonça, recentemente, referia que, assim como as palavras precisam de espaços para serem entendidas, também a nossa vida precisa de silêncios para ganhar sentido; caso contrário, corremos o risco de esta se transformar num acumular de acontecimentos e vivências. Creio que foi em buscar deste silêncio que 8 pessoas, de várias proveniências, se reuniram na Casa Oásis.

Os tempos passaram, mas as marcas ficaram.  Os passos dados levaram-me a ser quem sou. Foram tempos de inspiração para uma vida que hoje me orgulho de ter vivido. Olhar para trás e ver que se sou feliz no presente, é privilégio de quem esteve atento e escutou as estrelas no passado.  Estrelas que me foram guiando no meu caminho e hoje são memórias que se refletem no dia a dia da minha vida.  Estávamos nos anos oitenta do século XX.

No dia 5 de março, os animadores do Movimento Oásis reuniram-se de novo num encontro que juntou passeio, partilha e cultura. Durante a manhã, percorremos a história da Sé do Porto, numa visita que também integrou a Capela de S. Vicente e o Museu do Cabido. Orientados pelo Pe. Adélio Abreu, fomos percorrendo os marcos importantes da história, refletindo sobre a influência da sociedade e da religião na cultura.

O compromisso de um tempo para e com Deus. “Caminhar juntos, escutar e acolher…”Tempo de Quaresma, de interiorizar a nossa ligação com Deus, de como viver e conseguir dar testemunho de uma Igreja viva. A Igreja de que nos fala o Papa Francisco.

Estávamos no início da década de setenta, quando alguns jovens universitários do Porto tiveram conhecimento do Movimento Oásis. Movimento fundado em Itália pelo Padre Rotondi e que desafiava os jovens a dizer “ SIM” a Cristo, no Serviço por Amor.

A irmã doença veio visitar-me. De um golpe e sem pedir licença alguma chegaram, sem eu me dar conta, três indesejáveis visitas.

Por detrás de cada história vocacional, está sempre uma história de amor. Jesus continua a chamar e a escolher, os que Ele quer, (…) não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi” (Jesus).

Nestes tempos em que nos encontrámos impossibilitados de sair, o Centro de Espiritualidade, Oásis deu-nos a possibilidade de nos manter vivos pela partilha de saberes nos encontros que a equipa de animadores nos proporcionou.

No passado dia 15 de janeiro, fomos chamados a fazer uns trabalhos de poda e limpeza das árvores do nosso querido jardim da casa Oásis! Foi com alegria e muita conversa, que partilhamos uma manhã de sábado! O trabalho era árduo, mas os homens estiveram à altura do desafio. No final, o almoço oferecido pelas nossa queridas amigas, estava divinal... como sempre! Conclusão, quando o trabalho é feito com amor, não é trabalho, é prazer!

O Movimento Oásis e a espiritualidade do serviço por amor foram e são importantes no meu caminho vocacional e ministerial. Desde a primeira hora que o contacto com o Movimento, a sua espiritualidade e o encontro com aqueles e aquelas que fazem dele Igreja viva, comunidade dos que têm Jesus como amigo e mestre no serviço por amor, se revelaram para mim sinais da presença de Deus e da força actuante do seu Espírito.

Falar da história da minha vocação não traz a reboque qualquer tipo de teofania maravilhosa, daquelas que arrebatam o coração e eliminam toda a leve sombra de dúvida e de incerteza é sobretudo dizer um encontro que eu não sei situar na minha vida, mas que sei fundamental.

Este semestre vivi uma experiência intensa onde viajar foi o tema principal. Viajar não é tarefa fácil e é um verdadeiro tétris económico. Mas ainda assim a vontade de busca pelo desconhecido supera.

Estamos sempre a dizer que não temos tempo embora saibamos que isso não é verdade, talvez nos estejamos a esconder daquilo que não queremos abraçar, arrisco-me até a dizer que talvez o façamos por termos medo, medo de não sermos suficientemente bons aos olhos de Deus. E se fosse connosco, se nos dissessem não? E se Deus nos dissesse não? A verdade é que no fim de semana de 17 a 19/12/2021 tive a oportunidade de participar num retiro do movimento Oásis. Já estava para o fazer há algum tempo, e no meio de tantas desculpas tinha chegado finalmente a hora, hora essa em que percebi o quão distante de Deus estava.

Nos dias 17, 18 e 19 de Dezembro, tivemos oportunidade de viver várias experiências no encontro na casa do Movimento Oásis. Na nossa opinião, uma das partes que mais nos cativou foi quando alguns animadores e jovens falaram dos vários dons do Espírito Santo e das suas experiências, assim ficamos a conhecer mais sobre eles e o quão importantes são para a nossa caminhada até e depois do crisma. O dom que achamos que precisamos mais é o dom da fortaleza, porque dá-nos a coragem que é precisa para a luta diária contra nós mesmas, as nossas paixões e os nossos problemas com paciência, perseverança e silêncio.

Somos, na sua maioria, casais que tiveram conhecimento do Movimento através dos seus filhos que habitualmente participam nos encontros e acampamentos organizados por esta comunidade. Somos 11 casais, assistidos espiritualmente pelo Sr. Padre José Augusto que aceitaram fazer caminho em conjunto.

O passado fim de semana de 10 a 12 de dezembro, longe do mundo da internet, longe da nossa família e amigos, fez-nos perceber o quão longe de Deus nós estávamos. Com este retiro conseguimos aprender que felicidade é o mesmo que santidade, e agradecemos imenso por termos descoberto isso, pois assim podemos dizer "Eu quero ser santa/o". Conseguimos conectarmos com Deus, e chamar-Lhe amigo. Conhecemos novas pessoas e fizemos novas amizades.

Conheci o Movimento OÁSIS por volta dos meus 18 anos. Frequentei a casa do movimento, em Ermesinde, durante alguns anos da minha juventude, levando outros a frequentar, também.

“Missão é partir” diz D. Hélder Câmara num conhecido poema sobre as missões. Mas também sublinha a ideia de que este “partir” não supõe ir em missão ao outro lado do mundo, mas sim partir de nós mesmos ao encontro do outro. Por outro lado, ser discípulo de Jesus supõe sempre que sejamos missionários, aqui ou em África, na minha escola em Portugal, ou numa escola em Moçambique, na minha paróquia ou numa paróquia da selva amazónica.  No entanto, neste verão tive a experiência de partir em missão para longe, para uma aldeia remota no norte de Moçambique. 

Decorria o ano de 1994, era eu já trabalhadora/estudante quando “achei” o Oásis! Sim, achei! Porque foi no verdadeiro sentido da palavra, o Oásis no meio do deserto!

O dia 25 de setembro não ficará na história mas ficará certamente no coração de cada um que esteve presente naquela que é a casa de todos os animadores! O sorriso no rosto de todos, a alegria no coração de cada um e o abraço dos que já não encontrávamos há tanto tempo foram certamente a mais bela decoração do nosso jardim!